Já vou começar dizendo a verdade para você. Nada é obrigado. O que comprova isso são diversas campanhas que temos pela história e para todas elas, faltou alguma coisa. Nunca vai existir uma campanha 100% perfeita e o slogan é mais uma ferramenta de comunicação.
Ele pode ser muito poderoso? Sim, claro. Afinal de contas, a ideia é que o slogan seja um resumo de tudo que a campanha precisa resolver na mente do eleitor. E é isso que você precisa pensar. Se ele não posiciona, deixando claro para quem lê qual o propósito, ideia e bandeira do candidato, ele será somente uma frase linkada ao nome.
Vamos a dois exemplos atuais:
O slogan do Lula, por exemplo da pré-campanha é “O Brasil Feliz de Novo”. Para qualquer brasileiro, esse slogan traz à memória da primeira gestão dele, que da ótica do pobre, trouxe poder de compra e a oportunidade de estudo. Traz a ideia de que agora não está bom, mas com ele, voltará a ser bom.
O slogan do presidente Bolsonaro nas eleições de 2018 foi: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.” O Brasil acima de tudo, conota que nenhum partido ou poder estaria acima dos interesses do povo brasileiro. Já o “Deus acima de todos” o posiciona como um candidato conservador e que defende o interesse dos evangélicos.
Concluindo:
Se o seu slogan é tipo “Zequinha, O amigo do povo”, sinto te dizer que você só tá enchendo linguiça e ocupando um espaço vazio na arte. Meu conselho é: se o seu produto, ou seja, seu candidato, não lhe oferece ferramentas em sua história ou posicionamento que permita criar um slogan forte, não queime energia com isso. Se ele tem potencial para isso, o slogan pode ser uma forte ferramenta de campanha e mobilização.